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Você é “convencido”? Já parou para pensar?

Convencido

Sabe aquela pessoa que sempre tem uma história mais incrível que a tua, um argumento mais forte que o teu, uma opinião mais correta que a tua, conquistas mais importantes que as tuas? É, aquela pessoa que não dá para competir. No fim das contas, um convencido.

É de você que estou falando? Será que você é convencido?

Alguns podem ter a bíblia como um livro antiquado, ultrapassado, fora do contexto atual. A verdade é que ela é mais atual que o jornal de amanhã.

Olha essa pérola: “Não seja sábio aos seus próprios olhos.” Está lá em Provérbios, capítulo 3 versículo 7. Não tenha dúvidas: leia Provérbios. Um pouco a cada dia e você vai aprender demais ao meditar nos seus conselhos e aplicá-los no seu dia-a-dia.

Mas vamos ao nosso tema: é duro aguentar os que são “sábios aos próprios olhos”, não é mesmo? Não se engane, essa expressão é apenas uma forma polida de chamar alguém de convencido ou arrogante.

São pessoas que não conseguem encontrar valor naquilo que você estamos vivendo. Não conseguem se alegrar com as nossas conquistas, nem mesmo se entristecer se estamos sofrendo. Se compartilhamos uma vitória, eles têm outra maior para contar. Se compartilhamos algum sofrimento, sempre têm algo mais terrível a revelar. São capazes de nos fazer sentir menores quando perto deles.

E talvez o maior problema dessas pessoas é que quando ouvem algo a respeito do tema, como aquele versículo de Provérbios, geralmente não pensam em si mesmas. Logo lembram de algum conhecido, amigo, colega de trabalho ou vizinho com este perfil. Eles não costumam se identificar.

Exatamente como alguns convencidos que estão lendo essas linhas agora!

Mas qual é o caminho para deixar de ser convencido?

A verdade é que geralmente é mais fácil perceber traços comportamentais nos outros do que em nós mesmos, sejam bons ou nem tanto. Não é fácil olhar com equilíbrio para si. Para isso é necessário desenvolver maturidade e investir em autoconhecimento, duas coisas raras atualmente.

Como disse acima, considero a bíblia um livro totalmente contemporâneo, em tudo aplicável aos nossos dias. Admiro profundamente a pessoa de Jesus e tudo o que ele fez e disse nos seus dias entre nós. No evangelho de Mateus, capítulo 11, versículo 29, nós encontramos uma declaração do próprio Jesus nos convidando a aprender dele, pois era “manso e humilde de coração”.

Estou certo que sua mansidão e humildade faziam dele uma pessoa muito agradável de se estar. Ao sair de perto de Jesus, as pessoas sempre estavam melhores do que quando chegavam.

Todos gostamos de estar junto de pessoas humildes, que nos fazem sentir importantes. São pessoas agradáveis justamente porque não atraem os olhares para elas próprias. Dão atenção ao que temos para dizer e valorizam o que pensamos, sempre encontrando um ponto de convergência entre os seus pensamentos e os nossos.

E o que é humildade?

Avalio que há muito engano quando o assunto é humildade. A partir do exemplo de Jesus, creio que humildade não é pensar menos DE SI, mas pensar menos EM SI.

Em vários momentos descritos nos evangelhos vemos Jesus reconhecendo ser nada menos que o filho de Deus, algo, no mínimo, polêmico nos seus dias. Ou seja, ele não se achava pouca coisa, não. Ele tinha plena consciência de quem era.

Mas se você observar com um pouco de atenção a vida de Jesus, suas ações cotidianas, perceberá que ele estava sempre fazendo algo que abençoava as pessoas ao redor. Não vejo ele, em nenhum momento, focando sua atenção ou esforços naquilo que poderia beneficiá-lo. Ao contrário, em todo o tempo estava servindo aos outros.

Então eu me permito concluir que Jesus sabia perfeitamente quem era: o filho de Deus, o todo-poderoso, o dono de todas as coisas. E mesmo assim, reconhecendo toda essa grandeza, mantinha-se humilde porque pensava mais nos outros do que em si. Mesmo reconhecendo quem era, não vemos nele arrogância ou orgulho.

Aja e deixe de ser convencido.

Por fim, quero te sugerir algo: faça uma análise de si agora. Separe algum tempo para pensar a respeito disso que você leu. Será que você é convencido? Tente não ser raso, superficial. Invista um pouco de tempo no teu desenvolvimento pessoal.

Se estiver difícil de se enxergar, fale com um amigo ou pessoa próxima de confiança, que você sabe que te quer bem, e peça um sincero feedback. Deixe claro que você está aberto e apenas ouça sem se defender ou se justificar. Faça perguntas somente para entender melhor os pontos colocados. Tome nota para não esquecer e depois reflita calmamente a repeito. Tenho certeza que será precioso, você terá insights valiosos.

E o mais importante: terá elementos concretos para iniciar uma mudança efetiva que vai te tornar alguém bem melhor.

Por fim, tome cuidado para não ser convencido. Porque é disso que as pessoas vão te chamar quando você não estiver ouvindo. Creio que você não gostará.

E aí, faz sentido para você? Deixe a tua opinião.

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