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O que fica quando você sai?

O que fica quando você sai?

O mundo precisa ser melhor depois de você. Mas essa é uma conversa para quem entende que a vida é mais do que correr atrás apenas de seu próprio bem-estar. Creio que isso é pouco para nós. Não é que você deva abrir mão de conquistar coisas que deseje, mas a vida precisa ser mais do que isso. Penso que a reflexão é bem apropriada: o que fica quando você sai?

Sim, o que você está deixando por onde passa? Que rastro fica atrás de você? Não vejo muita gente se preocupando com isso, realmente não é um tema muito popular. Geralmente estamos bem preocupados com o que conseguimos juntar por onde passamos e não com o que deixamos.

O livro do Gênesis, na Bíblia, no capítulo 12, relata uma conversa entre Deus e Abraão. Veja o que Deus diz a Abraão no versículo 2: “Eu o abençoarei, o seu nome será famoso, e você será uma bênção para os outros.” Abraão foi uma figura importante na história, ele é o precursor das 3 religiões monoteístas existentes: o Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo. Ele foi alguém realmente famoso e sua influência permanece até hoje.

Note a amplitude do que Deus fala: Deus promete abençoá-lo, fazer seu nome famoso, mas conclui dizendo que ele será uma benção para os outros. A maioria de nós não daria muita atenção ao último tópico desta fala, ficaria preso aos dois primeiros que podem parecer bem mais interessantes. Entretanto, o fato é que tudo o que recebemos não pode parar em nós.

E o que nos cabe?

Essa última parte da fala de Deus me dá uma indicação muito clara: todos devemos acrescentar algo à vida dos outros e precisamos estar dispostos a investir em quem nos cerca. Mas não se assunte, você não precisa abandonar tudo que possui para se dedicar aos outros. Trata-se de somar aos outros justamente enquanto vivemos nossa vida cotidiana.

Penso que este é o desafio que todos temos de enfrentar: enquanto vivemos nossas vidas, como disse Deus a Abraão, sermos uma bênção para os outros. Isso é perfeitamente possível e digo mais, está ao alcance de qualquer um. Basta abandonarmos a visão egocentrista que tantas vezes possuímos.

Durante meu tempo nas empresas, por exemplo, convivi com pessoas que administravam seu conhecimento e experiência de duas formas diferentes: o primeiro grupo entendia que não podia compartilhar nada que tivesse aprendido com os outros, por medo de serem passados para trás. Por outro lado, o segundo grupo compartilhava abertamente tudo o que sabia e suas experiências ao longo dos anos.

Não preciso dizer que as pessoas do segundo grupo eram queridas por todos, sempre lembradas carinhosamente e, ao longo dos meus mais de 25 anos de vida corporativa, nunca vi ninguém ser demitido ou perder oportunidades por este motivo. Muito pelo contrário, a maioria das promoções que vi foram de pessoas com este perfil.

Aceite o desafio e reflita: o que fica quando você sai?

Investir nas pessoas é algo simples e prático. Não é necessário mudar para um lugar distante e pobre, você pode fazer muito por quem está ao seu lado no dia-a-dia. Podem ser familiares, colegas de trabalho, vizinhos, amigos, pessoas da igreja e outros tantos exemplos.

Se você compreender que, independente de onde esteja, foi dotado de condições para abençoar os outros, haverá inúmeros meios de fazê-lo a qualquer momento da vida, seja com dinheiro ou mesmo sem.

Por fim, é muito pouco passar a vida toda apenas focando em seu próprio bem-estar. Faça uma autoavaliação, que rastro você tem deixado atrás de si? O que fica quando você sai? As pessoas estão melhores após estarem contigo? Decida ser melhor, ninguém vai te criticar por isso.

E aí, faz sentido? Deixe teu comentário. Um abraço,

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