A vida é dinâmica. Ela não aceita acomodação e sucesso ao mesmo tempo. Nós não fomos feitos para a acomodação. Nosso corpo é feito para movimento, nossa mente é feita para pensar, criar, projetar a todo tempo. Quando ficamos parados, nosso corpo e mente atrofiam. Acomodação é o primeiro passo para a queda!
Sem dúvida, a vida é farta de exemplos de pessoas, empresas e organizações que apenas se acomodaram a algum sucesso e em um certo tempo foram surpreendidas. Lembro de ter visto algumas situações como essa. Um exemplo foi quando trabalhei por vários anos em uma excelente empresa, onde as pessoas ficavam por décadas. Achava o máximo, as pessoas se identificavam com a cultura, amavam o ambiente de trabalho, desenvolviam amizades verdadeiras e a empresa crescia. Era um ambiente motivador.
Mas houve um momento em que foram necessárias mudanças nas principais lideranças da empresa e com isso mudanças nos demais níveis também ocorreram. Naquele momento, vi algumas pessoas surpreendidas com seu desligamento. Lembro de ter tido uma conversa sincera com uma delas que verdadeiramente reconheceu que havia se acomodado. Não é fácil alguém fazer essa autocrítica, especialmente em um momento desses. Mas foi ótimo para ela, pois pôde retomar sua carreira em outra empresa e com outro espírito.
Mas por que nos acomodamos?
Penso que nos deixamos seduzir quando começamos a atingir objetivos de vida. Quando você acreditar que chegou a um ponto satisfatório em qualquer área da vida, tome cuidado: essa zona de conforto é traiçoeira e pode ser o começo da queda. Sim, porque se você deixar de continuar aprendendo, continuar melhorando, logo será ultrapassado, ficará desatualizado. Além disso, perdemos conexão com o que acontece ao nosso redor.
Acabamos sentindo uma falsa sensação de segurança, de satisfação com o que já conquistamos. Isso é perigoso demais em qualquer área da vida. Aplique esse conceito onde quiser. Pense no teu trabalho, por exemplo, se você deixar de melhorar um pouco a cada dia, logo será um profissional desatualizado. Talvez você não sinta os efeitos rapidamente, mas com certeza será péssimo no médio e no longo prazo e tua carreira ficará comprometida.
Não acredito que devamos ser ingratos ou eternos insatisfeitos com o que temos. Detesto reclamar do que tenho, acho um péssimo hábito e não recomendo para ninguém. Pelo contrário, ter sempre um coração agradecido é uma atitude necessária para termos felicidade. Mas isso não pode ser confundido com acomodação. Precisamos ser gratos pelo que temos, sem deixar de entender a necessidade de seguir avançando.
Acomodação é o primeiro passo para a queda.
Então, simplesmente não dá para aceitar a acomodação. Penso, até, que é anti-natural. Nossa natureza é de crescimento e desenvolvimento. Creio que até mesmo a aposentadoria de algumas pessoas deveria ser revista. Sim, porque algumas pessoas atingem um nível tão alto de conhecimento e experiência e ainda tem muita energia no momento da aposentadoria. É um desperdício deixar tudo isso se perder.
Para mim, um forte exemplo é o que Jesus disse em João capítulo 5, versículo 17: “Meu Pai continua trabalhando até hoje, e eu também estou trabalhando.” Ora, se Deus continua trabalhando até hoje e nós somos imagem e semelhança dele, também precisamos seguir trabalhando. E se usarmos a inteligência que ele nos deu, seremos cada vez melhores.
Perceba, o João de barro continua fazendo sua casinha da mesma forma desde sempre, mas você e eu não precisamos, porque somos dotados de inteligência e criatividade. Não dá para cair na acomodação, fazendo as coisas do mesmo jeito, como um João de barro. Precisamos manter nossos dons e talentos em movimento crescente. Em suma, essa é a única maneira de termos sucesso duradouro.
E aí, faz sentido? Deixe teu comentário. Um abraço,
